segunda-feira, 16 de setembro de 2019

FRANCISCO FERREIRA PINTO


FRANCISCO FERREIRA PINTO , PRIMEIRO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE APODI

       Natural de Apodi-RN, nascido a 17 de abril de 1895, filho de  CASSIMIRO FERREIRA PINTO  e de  VICENCIA  GOMES DE OLIVEIRA.foi o mais habilidoso Político do Apodi em todos os tempos.Foi eleito várias vezes Aos cargos de  deputado estadual e presidente da Intendência Municipal. Foi eleito o primeiro prefeito Constitucional de Apodi, no dia 2 de setembro de 1928,Tomou posse no dia lº de janeiro de l926, cujo mandato foi Interrompido em 9 de outubro de l930, devido  A resolução de 1930.

       Era casado com MARIA SALOMÉ DIOGENES PINTO, com os seguintes filhos: JOÃO PINTO, FRANCISCO FERREIRA PINTO, casado com  Iraci Menescal;  MARIA DE LOURDES PINTO, casada com Solon Dantas; e FRANCISCA DIÓGENES, casada com Custódio Dantas da Silva, nascido em 3 de maio de 1915 e, filho de  Manoel Custódio Dantas e de  Francisca Diógenes Dantas

        No ano de 1927 foi preso, por um grupo de Cangaceiros que veio ao Apodi com  finalidade de assassiná-lo, por questões de ordem Política surgidas pela passagem de um pçeito eleitoral. No mês de  julho de l933 foi Intimado a comparecer à presença do  representante do Interventor MÁRIO CÂMARA, em APODI, BENEDITO SALDANHA para justificar supostas críticas por ele feitas, ao sistema de Governo que estava sendo adotado no Estado,ficando Preso numa das celas da cadeia pública de Apodi.

        De acordo com o pesquisador Marcos Pinto o Coronel Chico Pinto era o mais cotado para ser eleito pela Assembleia Legislativa, como Interventor Federal do Rio Grande do Norte, porém, seus adversários políticos entre eles: BENEDITO DANTAS SALDANHA, TILON GURGEL DO AMARAL (07-01-1881 – 23-07-1967) LUIZ LEITE,  apoiado pelo Interventor MARIO LEOPOLDO PEREIR DA CÂMARA (03—09-1891 – 31-12-1976) e pelas  autoridades judiciárias:  Dr. FELIPE NERI DE BRITO GUERRA (926-05-1867 – 04-05-1951), HORÁCIO BARRETO PAIVA CAVALCANTI (16-09-1871 – 18-07-1967) e JOSÉ VIEIRA FERNANDES (22-11-1897 – 14-06-1974), com intuito de impedir a ascensão política do apodiense passaram  a perseguir severamente,tanto Chico Pinto, como a própria cidade de Apodi, como por exemplo: a transferência da Comarca para Caraúbas e terminando com o assassinado de Francisco Ferreira no dia 2 de maio de 1934

         De acordo com o livro do saudoso Válter Guerra: Francisco Ferreira Pinto era filho de Casimiro Ferreira Pinto e Vicência Gomes de Oliveira, o mais velho dos dezoito filhos do casal, Em terras do sítio Merêncio em cujas proximidades nasceu neste município, no dia 17 de abril de 1895, dedicou-se durante alguns anos a trabalhos da agricultura, não fugindo á tradição da família, toda ela ligada á atividades agrículas. Passando algum tempo, ainda jovem, abandonou as vazantes da lagoa Apodi e as terras do sítio Pequé, onde plantava arroz e pastorava passarinhos, para se dedicar ao ramo comercial, a convite de parentes, que desfrutavam de boa situação social, economica e política, em Apodi. Iniciou como balconista da firma João Jázimo de Oliveira Pinto, para logo depois passar a sócio, firmando-se mais tarde por  conta própria. Nesta nova atividade prosperor rapidamente, graças á sua extraordinária capacidade de trabalho, no qual alimentava suas esperanças de realizações, inclusive em benefício de sua terra. Estimulado pelo seu espírito empreendedor, explorou, também, o setor industrial, instalando uma usina de beneficiamento de algodão nesta cidade, de parceria com seu irmão Lucas Pinto, no ano de 1932.  Frequentou a escola do eficiente professor Antônio Laurêncio Dantas, onde aprendeu noções de português, aritmética, história e geografia, relevando admirável inteligência. Não teve, entretanto, condições de alcançar estudos de nível mais elevados, condicionado que estava, á situação econômica do pai, pequeno agricultor, sem possibilidade de mandá-lo para um centro mais desenvolvido, onde pudesse aprimorar seu aprendizado. Chico Pinto chegou a suprir, em parte, essa deficiência, através da leitura, adquirindo bons conhecimentos, o que lhe proporcionou meios de proveitoso relacionamento com o mundo social, comercial e político, atividades que abraçou com entusiasmo e disposição de luta. Como político, influencia do por seu parente e protetor João Jázimo, tornou-se um altêntico líder do seu povo, a cujos problemas dedicava grande parte de seu tempo, em busca de solução. Ao assumir uma cadeira de Deputado Estadual, conseguiu diversos melhoramentos para o município, inclusive serviço telefônico para a vila Itaú, escolas, campo de aviação para esta cidade, não tendo sido inaugurado devido a eclosão do movimento revoluciónario de 1930. Como Prefeito Municipal realizou obras de grande importância, merecendo destaque a construção do prédio para funcionamento da Prefeitura, cadeia Pública, criou banda de música, instituiu sociedade literária, dando-lhe sede própria, além de outros melhoramentos que marcaram sua ação administrativa em benefício da coletividade, desenvolvida no período de 1927 a 1930. Herdara o tradicional prestígio da família Pinto, principalmente legado pela respeitável figura do Coronel Antônio Ferreira Pinto, exemplo de honradez, dignidade e espírito Público. O Coronel Antônio Ferreira Pinto foi o mais habilidoso politico do Apodi em todos os tempos. Foi eleito varias vezes aos cargos de Deputado Estadual e Presidente da Intendência Municipal, o que atesta seu indiscutível prestígio eleitoral em Apodi, no Império e na República. Sempre respeitado por correligionário e adversários, o Coronel Ferreira Pinto soube cultivar um universo de afetivas amizades, ao longo de sua proveitosa existência, sempre voltada para o bem, o que lhe assegurava o predomínio no campo das lutas eleitorais, intinerário que trilhou com segurança até o final de sua carreira política, encerrada com sua morte, em 1909, aos 71 anos de idade.

        Ao lado dos amigos, aos quais dedicava consideração e lealdade, Chico Pinto lutou sem medo, contra os abusos do interventor e  as revolucionárias instaladas no estado, após o movimento de 1930, enfrentando violências e perigos de ferrenhos adversários. Sua coragem e seu entusiasmo nas lutas políticas, contra um sistema de governo autoritário e violento, lhe custaram sérias, e contundentes perseguições. Conforme foi relatado, Chico Pinto preso, antes da revolução de 1930, por um grupo de cangaceiros, em maio de 1927, que aqui veio com a finalidade de assassiná-lo, por questões políticas, surgidas naquela época. No mês de Julho de 1933, foi intimado a comparecer á presença do representante do Interventor Mário Câmara, neste município, senhor Benedito Dantas Saldanha, para justificar supostas críticas por ele feitas ao sistema de governo que estava sendo adotado no Rio Grande do Norte, fincando preso numa das selas da cadeia Pública de Apodi. No dia 2 de maio de 1934, foi assassinado no seu próprio lar, quando se recolhia para dormir. Terminara a costumeira prosa na calçada de sua residência, onde, todas as noites, reuniam-se correligionários e amigos de sua intimidade. Nessas ocasiões, como era natural, predominavam assuntos de natureza políticas. Alguns participantes da habitual reunião ainda não havia se distanciado muito do local do crime, quando foram alertados pelo tiro fatal.    Ao retornarem apressadamente a casa do amigo, já o encontraram sem vida, prostrado ao solo.

FONTE – LIVRO DE VALTER GUERRA


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